Uma das melhores estratégias para qualquer setor do mercado, incluindo o turismo, é visitar e conhecer empreendimentos similares ao seu. Por isso, aconteceu na última semana a Expedição Vale do Peruaçu (Minas Gerais) x Serra da Capivara (Piauí) – Guardiões do Patrimônio da Humanidade. Profissionais de Minas  Gerais visitaram a região do parque em Piauí.

A iniciativa da qual a gente aqui da Roteiros do Velho Chico (RVC) participou teve como objetivo contribuir com inspirações para o desenvolvimento do turismo na região do Vale do Peruaçu – como funciona o benchmarking.

O nome da missão técnica faz referência à possível candidatura do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu ao selo misto de “Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade” pela UNESCO. O processo de reconhecimento já foi iniciado, algumas audiências públicas realizadas, e as articulações continuam para que esse objetivo seja concretizado em breve.

Ao todo, foram 43 participantes, entre representantes do sistema de educação, empresários, comunidades do entorno do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, cooperativas e associações locais, condutores do Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, condutores do Parque Estadual Serra Nova e Talhado (cidade de Porteirinha), Instituto Grande Sertão de Montes Claros,  Mosaico Sertão Veredas Peruaçu, e agências de turismo receptivo de Minas Gerais.

O que Minas Gerais aprende numa ação como essa?

“Foi bem interessante! Muito rica a experiência, principalmente por ser um processo que já dura mais de 40 anos. Tudo leva bastante tempo e estamos caminhando, ainda, lá no Peruaçu. Então, entender essa visão de longo prazo pra nós é super importante, pois a gente precisa começar de algum ponto pra fazer as coisas se organizarem ao máximo a nosso favor”, conta Leidson Nunes, turismólogo e fundador da RVC, especializado em unidades de conservação, e que participou da visita interestadural.

O objetivo foi uma troca de experiências para saber como funciona o polo turístico desde o trabalho dos condutores até os receptivos locais, passando pelo trabalho dos artesãos. Ou seja, o turismo e sua produção associada, como também hotelaria e gastronomia. “Além do parque, a gente foi conhecer uma empresa que tem um atelier, que trabalha com a cerâmica incrível, conhecer o processo a história, o artesanato, a história do parque ao longo de vários anos”, completa Leidson. 

Dois dias intensos de visita

A agenda incluiu visita ao Sítio Boqueirão da Pedra Furada, ao Museus da Natureza e do Homem Americano, ao Circuito do Sítio do Meio e Boqueirão do Pedro Rodrigues. Foram observados os tipos de formações rochosas, tipos de vegetações, informações sobre a cultura local, vistas panorâmicas e arte rupestre. Entre eles, sítios arqueológicos caracterizados como grafismo reconhecíveis/interpretados (animais, plantas, figuras humanas e objetos) e grafismos puros não identificados/interpretados, pintadas nas rochas a milhares de anos.

A ação durou de 27 de outubro a 1º de novembro e contou com o apoio do Sebrae e ICMBio. Uma experiência inesquecível e enriquecedora, que com certeza trará muitos frutos pra RVC e quem viajar com a gente!

 

Sobre o Parque Nacional Serra da Capivara

O Parque Nacional (Parna) da Serra da Capivara foi criado em junho de 1979, com área de 100 000 hectares. A proteção ao Parque foi ampliada em 1990, com a criação de Áreas de Preservação Permanentes adjacentes com total de 35 000 hectares.

Localizado no semiárido nordestino, fronteira entre duas formações geológicas, com serras, vales e planície, o parque abriga fauna e flora específicas da Caatinga.

Pelo seu valor histórico e cultural, foi declarado pela Organização das Nações Unidas pela Educação, Ciência e Cultura (Unesco), em 1991, Patrimônio Cultural da Humanidade.

COMPARTILHE: